06 maio 2009

Agora nunca é tarde!

"... E se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias não for coisa que se cheire ou nos deslumbre, que pelo menos nunca abdiquemos de pensar com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente. E será talvez uma forma inteligente de, afinal, nunca... nunca, nunca ser tarde demais para viver, nunca ser tarde demais para perceber, nunca ser tarde demais para exigir, nunca ser tarde demais para ACORDAR. "

"Pedro Barroso, "Navegador do Futuro"

6 comentários:

msg disse...

Muito bom dia,MGomes

Ora aqui está,mais um nome,cuja canção me punha a imaginar coisas,a sonhar.E,um dia,"acordei",o que era de esperar,pelos muitos ensinamentos da história.Esta mesma história não me mata,não nos mata,porém,toda a esperança,que essa,como é uso dizer-se,é a última a morrer.
Quanto ao exigir,MGomes,onde está um de nós,um qualquer,que não esteja sempre pronto a fazê-lo,gritando mesmo. É fácil,muito fácil,desde que haja liberdade. E a outra face da moeda-exigir/dar,onde está ela? Quanto estamos dispostos a dar,sobretudo do que nos faz falta,não uma moedinha,para entreter consciência?
Agora é que é,agora é que me manda ir dar uma volta,ou ver se está a chover.
Um abraço,a medo,das represálias,deste "seu vizinho"de beira-rio.
Para fechar,lembrar ,só,uma frase, que muito me intrigou,do Torga - Nascemos sós,vivemos sós,morremos sós. Hoje não me intriga mais. É que a realidade,a suprema realidade,é o EU,e o TU(o Outro),qualquer que ele seja,o Indivíduo,acima da própria Espécie.Isto não é invenção nenhuma,pois constará,pois não as li, em muita obra mestra dos muitos filósofos,ou como se queira chamá-los, da nossa praça.

MGomes disse...

Bom dia, Caro msg!

Concordo inteiramente consigo no que diz respeito à facilidade que hoje existe de podermos gritar contra injustiças que nos atormentam a consciência ou em piores condições, dificultam um certo bem estar a que achamos ter direito. Tempos houve, e eu não os vivi, em que a coragem de dar o peito no levantar da voz pelas mesmas razões, pagava-se bem caro! Hoje as coisas estão bem diferentes, direi mesmo, comodamente adequadas aos tempos que vivemos! O protesto banalizou-se, fazemos da apreciação negativa uma arma de auto imposição social, como se o caminho dos valores e da sua aplicabilidade nas mais variadas vertentes sociais, passasse pela depreciação de tudo que nos rodeia! É o pessimismo de alguns, levado a um certo extremo por má formação, julgo! Mas mesmo assim, acredito, que perante a desonestidade sistemática de quem por obrigação se devia comportar de maneira diferente, pouco mais resta aos sofredores do que fazer do protesto, uma arma passível de ser escutada, pois de "orelhas moucas" está o mundo cheio!
É verdade que a consciência da misericórdia e da esmola, está presente, talvez por deficiente formação, em muitos de nós!Toleramos que possam existir, quem das esmolas, vivam! Sentimo-nos aliviados, quando alguém nos bate à porta e satisfazemos algumas das suas prementes necessidades!Mas aqui, cabe às instâncias do poder, a quem depositamos a nossa confiança para gerirem o bem estar colectivo de uma forma honesta, resolver essas marginais situações humanas.
Sobre o Torga e a frase a que faz referência, deixe-me que lhe diga, com toda e humildade, que me intriga também e permita-me que discorde dela em parte! Acho que nunca nascemos sós, só vivemos sós, se a essa condição nos propusermos. Na morte, talvez assim seja!
É claro que por mim nunca passaria tal ideia, de fazer de si, "sensor meteorológico"! Disponha sempre desta página quando bem entender!

Um Abraço!

Maria Faia disse...

Pois é...
Muitas vezes a vida foi ou é injusta ou madrasta.
Mas, o sonho meu amigo, o sonho da conquista de dias mais brilhantes e limpos em liberdade, aquela que se exerce com sentido de responsabilidade, sem ofensa de outrém ou da humanidade, esse sonho amigo não morre nem desfalece.
Sonhamos com os amigos, aqueles que, como nós e, como diz Pedro Barroso, NUNCA É TARDE. NUNCA....

Um abraço amigo,

Maria Faia

MGomes disse...

Completamente de acordo, amiga Maria Faia, ....ou como diz muito acertadamente Pablo Neruda, o sonho nunca poderá deixar de estar presente em todas as nossas atitudes, porque senão, todos os dias morreremos um pouco!

Abraço fraterno!
Manuel Gomes

msg disse...

Cá estou eu,mais uma vez,com a sua permissão.
Recorrendo à prata,ou ouro,da casa,tanto faz,deve saber que o nosso Júlio Dinis teve ocasião de escrever que "o perigo está quando se perde o amor àsutopias". Júlio Dinis,que o nosso Eça de Queirós assim caracterizou - "Foi simples,foi inteligente,foi puro. Trabalhou,criou,morreu. Mais feliz que nós,tem o seu destino afirmado e para ele resolveu-se a questão".
E a esperança,a esperança de um amanhã melhor,é a última coisa a morrer,como é de uso dizer-se, de um amanhã muito diferente,em que o Eu deixará de ver no Tu um "inimigo",como mais ou menos tem sucedido,desde que o homem,e a mulher,se deram conta de que não eram como os muitos seresque à volta viam,incomodando-os.
Bem,caro MGomes,é tempo de acabar,desculpando-me,mais uma vez,se aqui chegou,de lhe ter feito perder o seu riquinho tempo,e paciência também,e o que mais entender.
Um abraço,deste "seu vizinho",que lhe deseja muita saúde.

Maria Faia disse...

Nunca é tarde!
Especialmente para visitar um Amigo!

Um abraço fraterno,
Maria Faia