Congresso da Cidadania aplaudiu de pé
Sampaio da Nóvoa, que recusa “sebastianismos, populismos, justicialismos”
Sampaio da Nóvoa poderá ser o candidato
presidencial apoiado pelo PS, caso António Vitorino não anuncie a sua
candidatura a Belém. António Guterres já não é esperado no Largo do Rato –
mesmo que Marques Mendes ache que não passa tudo de uma encenação e que
Guterres será candidato contra Marcelo.
Na tarde de sábado, no Congresso da
Cidadania organizado pela Associação 25 de Abril, o presidente do PS, Carlos
César, e Sampaio da Nóvoa mantiveram uma conversa a sós, pouco tempo antes de o
reitor honorário da Universidade de Lisboa invocar o legado “dos presidentes
Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio” e manifestar-se disponível para
avançar para Belém. “Esta é a responsabilidade de uma geração. Somos e seremos
sempre aquilo em que acreditarmos. Pela minha parte, não tenho medo, sou livre.
É preciso liberdade desta para servir. A ousadia é já metade da vitória. Juntos
ganharemos o que perdemos separados”.
No discurso que fez na Gulbenkian,
Sampaio da Nóvoa quis afirmar a sua diferença face aos vários nomes que
circulam como possíveis candidatos presidenciais, incluindo Guterres e António
Vitorino. “Com políticos antigos não haverá políticas novas. Ficará tudo
enredado em calculismos, golpes, hesitações, sem elevação e sem futuro.
Recusemos sebastianismos, populismos, justicialismos”. Mais: “Quem gostar muito
de dinheiro deve afastar-se da política” e “se tiver as mãos atadas por
promiscuidades, tramas e tramóias, não terá condições para defender o interesse
de todos”.
O reitor falou na urgência da “regeneração do sistema político” e defendeu que Presidenciais e legislativas “só valem a pena se for para abrir um tempo de mudança em Portugal”. “Abril é a nossa raiz comum. E tem de ser a raiz para entendimentos que permitam convergências para o novo ciclo político. Se não formos nós a acabar com esta política ninguém o fará por nós. Será durante o ano de 2015 ou não será por muito tempo. Cada um de nós tem de estar à altura das suas responsabilidades”.
O discurso foi aplaudido de pé pelo
auditório do congresso. Quando acabou de falar, Sampaio da Nóvoa desceu do
palco e abraçou o presidente do PS, Carlos César, o presidente da Associação 25
de Abril Vasco Lourenço e o ex-Presidente da República António Ramalho Eanes,
que estavam na primeira fila.
Fonte - http://www.ionline.pt/