"Serenade"
- Franz Schubert.
"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." Samuel Butler
01 dezembro 2012
21 novembro 2012
O declínio da Europa!
...
"A
consequência imediata deste mau desempenho económico está no emprego, que
entrou em regressão, elevando a taxa de desemprego para 12% da população
activa, um valor sem paralelo noutras áreas como os EUA, a China ou o Japão.
Numa Europa em que quase tudo corre mal, este é um indicador explosivo que vai
perseguir-nos pela vida fora. E não me venham com histórias de embalar meninos.
Esta austeridade “porque sim”, mera birra de economistas frustrados, é das
coisas mais estúpidas que nos poderiam acontecer.
O corolário de
tudo isto é uma dívida que, a não ser reestruturada, pode pôr em causa a
sobrevivência do próprio euro. Ponto um: esta dívida não poderia exceder 60% do
PIB, mas só 5 dos 17 países respeitam a regra. Ponto dois: a média da zona euro
é de 92% do PIB, e à volta deste valor andam a Espanha, a França e a Alemanha.
Ponto três: com dívidas superiores a 100% do PIB estão a Irlanda, a Itália, a
Grécia e Portugal. Alguém me explica como é que uma austeridade sem regras vai
gerir estas situações?
A este
descalabro europeu as ‘troikas’ que nos governam contrapõem que vamos no
caminho certo. Nem de propósito: um estudo recente da OCDE veio revelar-nos
exactamente o contrário. Hoje em dia, para um PIB mundial igual a 100, os EUA
valem 23, a zona euro 17 e a China também 17. E, feita uma projecção até 2030,
para o mesmo PIB mundial de 100, a zona euro cai para 12, os EUA caem para 18 e
a China sobe para 28. Ou seja: os chineses preparam-se para dominar o mundo e a
Europa vai assobiando para o ar.
Que dizem a isto os alemães?"
Fonte - DE Daniel Amaral
29 setembro 2012
23 setembro 2012
A Grande Conspiração
...
"Há quase
um ano que o venho escrevendo aqui: o programa económico deste Governo não se
limita a tentar endireitar as contas públicas à custa de sacrifícios cuja
insensibilidade e ineficácia são de bradar aos céus. Há também uma agenda
escondida, que envolve uma vingança sobre a história, uma desforra de classe,
quase uma alteração dos valores cívicos em que a Europa se funda. A
razão pela qual nada bate certo na política económica do Governo PSD (onde o
CDS faz de ingénuo útil) não tem que ver apenas com ignorância,
impreparação e incompetência - o que já seria suficiente, por sí só.
A razão pela qual todos temos como um trágico desastre aquilo que o
Governo persiste em classificar como um
sucesso, é que estamos a falar de coisas diferentes, de objectivos finais
diferentes. Os portugueses - que aguentam tudo estoicamente há um ano, sem
porem o dinheiro a salvo no estrangeiro ou desatarem a
partir montras, como fazem os gregos - confiavam que, atravessado o Inferno,
limpo o estado das suas célebres "gorduras" e de todos os
que , acima e abaixo, dele abusaram anos a fio, poderiam ter de
volta um dia a economia, os empregos, as suas vidas. Porém, o
objectivo de Passos Coelho e do seu quinteto de terroristas económicos (Gaspar,
Moedas, António Borges, Braga de Macedo e Ferraz da Costa) é outro bem
diferente: eles querem mudar o paradigma económico, mesmo que para tal tenham
de destruir o país, como, aliás, estão a fazer. Fiel aos ensinamentos dos seus
profetas americanos, esta extrema-direita económica que nos caiu em cima
acredita que o Estado deve deixar de gastar recursos quem não garante
retorno e concentrar-se apenas em apoiar , ajudar, estimular e dar
livre freio aos poucos negócios escolhidos - que, assim, não poderão
deixar de prosperar. Aquilo a que chamam "processo de ajustamento" da
nossa economia é um caminho deliberado de abandono do que acham que não tem
préstimo ou futuro: o emprego pago com salários decentes, os direitos do
trabalho, as pequenas empresas que não exportam, a própria classe média que
vive do trabalho. No fim do "ajustamento", ficarão apenas as grandes
empresas financiadas por baixos salários ou instaladas nos antigos monopólios
públicos com lucros garantidos, e uma multidão de emigrados ou de desempregado,
prontos a trabalhar por qualquer preço e em quaisquer condições. Esse será o
seu "sucesso" final."
...
Miguel Sousa Tavares - Jornal Expresso de
22-Set-2012
22 julho 2012
12 junho 2012
Situacionismo
A questão do
situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns
casos, de respiração assistida.
O Prós e Contras da RTP tornou-se há muito
tempo o paradigma do nome desta série: situacionismo. Foi, nos últimos tempos
do "socratismo", a voz do regime; é a mesma voz do regime no ano de
"passismo". É isso que é a RTP, a voz do dono.
Começa sempre, no elemento mais importante
num programa como este, na escolha das pessoas a quem se dá o podium. Sempre
que se trata de um tema no âmago do poder, o poder está representado pelos seus
melhores defensores, a crítica ao poder por moderadíssimos e débeis
representantes, com críticas secundárias e circunstanciais, e isto é nos
melhores dias. Em muitos casos, o programa é Prós e Prós.
O programa de hoje é um exemplo perfeito,
onde, sem contraditório, se ouviu uma série de porta-vozes da política actual,
de António Borges a António Vitorino. Sim, de António Borges, a quem não foi
perguntado nada de incómodo, a António Vitorino que representa uma das vozes
"responsáveis" do PS que em todos os momentos cobre sempre o governo
em funções. Há cinco, quatro, três, dois anos, ou seja, em termos históricos,
HOJE, exactamente com a mesma voz grave e responsável, António Borges defendia
a política suicidária do sistema financeiro que conduziu ao desastre cujos
custos todos pagamos, e Vitorino não dizia nada de incómodo para Sócrates, a
quem deu a caução completa e total. Hoje, estão a fazer o mesmo como ideólogos
e parte activa do actual governo, e se as coisas não correrem como dizem que
vão correr, haverá sempre um álibi europeu para os justificar.
Eles estão lá sempre, e no entanto, nunca
lá estão. Não é por acaso que este tipo de vozes é a preferida do Prós e
Contras.
Fonte - Abrupto
26 maio 2012
16 maio 2012
Saúde do planeta Terra!
Organização ambientalista lançou hoje relatório sobre o estado de saúde do planeta e quer inverter tendências negativas.
Origem do texto - Diario Noticias
25 abril 2012
25 Abril !
Esta
é a madrugada que eu esperava
O
dia inicial inteiro e limpo
Onde
emergimos da noite e do silêncio
E
livres habitamos a substância do tempo
Sophia
de Mello Breyner Andresen
23 fevereiro 2012
Zeca Afonso
26 janeiro 2012
Carta aberta a Nuno Crato
Ferreira Fernandes no DN
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