27 setembro 2006

A Opera Mágica do Cantor Maldito


Num Sonho de Águas Claras
...
ir ao encontro outra vez
do perfume dos limões
olhar a sombra destes prados
em carmesim de cerejas
pela frescura das laranjas
pelo sabor das tangerinas
saborear teus lábios rubros
em leves tons de framboesas
depois
descobrir
depois
um astro em pomar de cores
sombreado pelas plantas
cheio de gente feliz
feliz tanto quanto eu sou
p´lo aroma da flor dos ramos
e pela serena presença
daquela mulher que eu amo

Poema_Fausto Bordalo Dias

22 setembro 2006

Roteiro para a Ciência

Sobre o brilhante texto do A Castro intitulado “Roteiro para a Ciência”, ocorreu-me dissertar um pouco sobre o tema, pegando exactamente nesta frase em forma de comentário, da autoria do Ludovicus rex .

“ Lutarei até que as forças me deixem, por um país melhor.”

Eu também acho que sim, que devemos exigir sempre, um país melhor onde realmente nos sintamos bem e orgulhosos desta nossa casa colectiva, que é Portugal. Mas este sentimento nem sempre é acolhido razoavelmente por quem anda minimamente atento ao que se passa à nossa volta e esta análise levar-nos-ia a um tema tão ramificado nas suas vertentes que muito dificilmente chegaríamos a uma conclusão porventura aceite por uma maioria abrangente, como diria alguém da nossa praça política.
Mas sintetizando um pouco, é claro que estou de acordo com o texto de análise do A.Castro, é lamentável vermos sair portugueses formados superiormente nas nossas escolas, para outros países, onde aí são acarinhados profissionalmente no desenvolvimento e desempenho das suas profissões. È uma situação injusta para todos, mas enquanto as nossas empresas apostarem no desinvestimento e na mão de obra não especializada, o futuro dos nossos jovens é sempre cada vez mais sombria dentro desta estratégia empresarial. Há quarenta mil licenciados no desemprego? Que importância isto tem para as empresas? Elas em nada contribuíram para os custos globais da formação destes jovens!!! Foram as famílias (sabe-se lá com que dificuldades) e o Estado pela via dos nossos impostos que suportaram os custos dessa formação e as empresas estão-se pouco ralando que haja jovens engenheiros ou arquitectos desempregados !!!. É da nossa sensibilidade quotidiana o reconhecimento de que cada vez mais existem empresas nacionais a recorrerem à compra de produtos manufacturados nos países da asiáticos. É frequente vermos produtos nacionais fabricados na China ou na Índia. Com esta política de importação, quantos desempregados proporcionarão? Que repercussões sociais para as famílias, esta política não tem? Até onde aguentará uma família, níveis de comportamentos socialmente aceitáveis, com um ou dois filhos formados superiormente e sem futuro à vista?
Esta economia global que permite às empresas trocar contentores de produtos manufacturados oriundos de países asiáticos por jovens recém formados nas nossas escolas, não pode continuar por muito mais tempo. Ela é fonte criadora de desníveis sociais e o equilíbrio familiar tende a torna-se sempre muito mais frágil. È de pasmar como é que a classe (esta) política não quer ver esta situação em movimento cada vez mais crescente.
Com o devido respeito à análise do A. Castro, até porque concordo inteiramente com ela, o que me preocupa mais são realmente os cérebros que por aí ficam e não tanto os que conseguem encontrar caminho profissional noutros países. Porque, é por aqui que passa uma alteração profunda da forma de gerir as nossas empresas, de modo a que sejamos finalmente todos mais felizes, como muito bem aposta o Ludovicus rex.

16 setembro 2006

Parque Nacional Peneda Gerês

Visitar o Parque Nacional do Gerês é sempre uma oportunidade ùnica a não perder por quem aprecia uma forma diferente de se relacionar com a vida. Longe dos grandes ajuntamentos e movimentações de pessoas, aqui tudo é apreciado e vivido a ritmos diferentes. É possível apreciar a bondade com que a natureza quis brindar esta zona do nosso país, muito aprazível e dotada de condições sempre muito admiradas pelos inúmeros visitantes que ali ocorrem ao longo do ano. Um dos lugares de eleição deste paraíso verde, é a subida de barco do Rio Caldo em direcção à Barragem da Caniçada. O percurso inicia-se na Marina passando pouco depois sob as duas Pontes do mesmo Rio com arquitectura do reconhecido e prestigiado engenheiro português, Edgar Cardoso. Depois..., bem depois é deixarmo-nos levar pela beleza colorida das suas margens até ao fim da viagem.

Cais de embarque da Marina do Rio Caldo

Pontes do Rio Caldo

Ponte e Estalagem do Rio Caldo

Estalagem do Rio Caldo

14 setembro 2006

Museu do Ouro

Nas minhas últimas férias de Verão, visitei o Museu do Ouro situado em Travaços, concelho de Póvoa de Lanhoso.

É um local sábiamente aproveitado de umas antigas instalações fabris de trabalhar o ouro. Logo à entrada somos recebidos simpáticamente pela filla do homem que levou a cabo esta tarefa de preservar para as gerações vindouras, a história da transformação ouro, até chegar aos objectos de filigrana.
Subimos depois ao piso superior e aí somos informados detalhada e entusiásticamente pelo senhor Francisco Sousa, sobre a utilidade de todos os utensilios aí expostos e a sua real aplicação nesta verdadeira arte secular.

Enfim, um espaço agradável e dirigido por uma família, que faz da história da ourivesaria, um bom motivo de interesse para um passeio históricamente enriquecedor.

10 setembro 2006

Lisboa

IMAGEM

As ondas
e o azul...
sempre este azul
intenso.
O jardim
parece florido
talvez em tons cinza...
o branco salpica
em traços ao de leve...
mas o sol
dá brilho diferente
a este lugar.
Pessoa passou por aqui
deixou algumas pinceladas de magia
em cada palavra dita
em cada frase vivida.
Em Camões, outro som,
mais longínquo,
mais memória.
Nas velas de um navio
abandonou Lisboa,
acenou de longe
e partiu...
A presença fica
em cada onda que passa
em cada gaivota
que me leva...
ou me deixa para sempre
nesta praça.

Foto_Ivo Gomes
Poema_Manuela Lamy

06 setembro 2006

Beleza no Ballet

Ao ver esta fotografia não resisti em compartilhá-lha com mais alguém a sua merecidíssima divulgação. É realmente de uma beleza única maior, aquela que nos é oferecida pela bailarina russa Ekaterina Osmolkina, durante uma actuação do Ballet de St Petersburg em Madrid neste mês de Setembro.

Foto@EPA/Kiko Huesca

05 setembro 2006

Freddy Mercury

Se fosse vivo, completaria hoje sessenta anos de idade. Freddy Mercury foi um símbolo como vocalista da banda pop-rock "Queen." A energia que aplicava durante as suas actuações nos concertos ao vivo, contagiava plateias de milhares de pessoas. Não é fácil pois esquecer as suas memoráveis interpretações onde ele foi sem dúvida, a verdadeira alma inspiradora dos "Queen."