10 março 2011

Censuras ao governo, cumplicidades e oportunismo político.


"O Portugal político está a passar um momento particularmente estranho. O Presidente da República, no seu discurso de tomada de posse, ontem no Parlamento, «arrasou» o governo, na opinião de alguns comentadores. É estranho que o Presidente da República faça tal discurso e, em consequência, não dissolva de imediato a Assembleia da República e convoque eleições antecipadas. Hoje discutiu-se, no Parlamento, uma moção de censura do Bloco de Esquerda. É estranho que o PSD e o CDS que, diariamente, dizem que este governo nos conduz à desgraça, não tenham votado favoravelmente. O próprio Bloco de Esquerda, que apresentou a moção de censura ao governo, por estranho que pareça, apressou-se a esclarecer que tal censura se estendia ao PSD, uma forma de ter a certeza que a moção não seria aprovada. Afinal, parece que todos os actores políticos, desde o Presidente da República ao presidente do PSD, passando por Francisco Louçã, não estão convencidos da censura da maioria dos portugueses ao governo, apesar de todas as medidas de austeridade."



6 comentários:

maria mar disse...

Pelos vistos e, segundo rezam as crónicas, foi considerada uma "moção de ternura".
O PSD e CDS andam a ver se a coisa se compõe, para não terem que continuar com as políticas de austeridade e cairem nas boas graças do povo. Não era preciso muito, bastava acabarem com algumas mordomias da classe política, institutos, empresas com gestores públicos que recebem prémios chorudos, universidades privadas com cursos da treta, acabarem com os 2 funcionários a que cd deputado tem direito, acabarem com as despesas de renda de casa e viagens para os deputados estarem no seu local de trabalho, etc, etc, etc. Enfim, o povo continua a sufocar, a trabalhar e pagar para sustentar a nobreza!

Artur Caldas disse...

Concordo com o que escreveu a
Maria Mar e acrescento que os
Bancos deveriam pagar mais
impostos ( é ridiculo o que pa-
gam de IRC) e acabarem os chama-
dos "paraísos fiscais", "off-
-shores" e quejandos de fugas
aos impostos.
Se todos pagassem os impostos
estes baixariam para a maioria
que cumpre as suas obrigações
e haveria uma maior justiça
tributária.

Artur Caldas.

Guilherme Afonso disse...

Claro como água (limpa...). Como claro é que governos e partidos de direita sempre chafurdarão em águas turvas.
E o pior é que a direita não deixa de ter cada vez mais votantes. Veja-se o resultado de um referendo há pouco em França, com a filha do Le Pen, que é do calibre do pai, a ser a mais votada. Como sair disto,com tais povos a votarem por tudo o que é chamado país desenvolvido cada vez mais à direita?!...
E por aqui me fico.

Guilherme Afonso

Guilherme Afonso disse...

Como terá dado para perceber aos leitores do meu anterior comentário, onde, no mesmo, eu digo "referendo", deveria ter dito "sondagem". Com o meu pedido de deculpas, fica a rectificação.

Guilherme Afonso

MGomes disse...

É!!!Concordo! A dicotomia esquerda/direita está cada vez mais sem sentido politico! Fruto de frustações, algumas, vindas da área da esquerda enquanto no exercicio do poder politico, fizeram com que se desmobilizassem práticas reinvidicativos e alterações ao próprio sentido de voto em alturas de eleições! A classe operária, aquela massa de trabalhadores que estavam directamente ligados aos meios primários de produção e que fortaleciam politicamente os partidos de esquerda e sindicatos, já não é hoje a mesma! E depois, aquele mundo que lhes diziam ser, um mundo novo, e que justificava todas as lutas e sacrificios de ordem social e por vezes até pessoal, já não existe!!! Deixou de haver o "outro lado" em que se acreditava ser possível existir a diferença!!! E os partidos de direita aperceberam-se desta realidade! Daí ser frequente ouvir-se por parte de dirigentes dessas areas politicas, promessas de satisfação às mais elementares carências de ordem social!
Mais razões haverá que justifiquem a mudança ou a deslocação temporária do voto em alturas tão decisivas como é a escolha de um governo, mas é uma matéria que os sociólogos, mas do que ninguém, poderão analisar muito melhor do que um simples observador!

Anónimo disse...

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