04 junho 2005

O CANTADOR

Inevitavelmente, fui assistir ao concerto de Fausto no passado dia 27 de Maio no CCB. Esta foi a minha sexta presença em espectáculos deste Cantor Maldito. Lembro-me de todos eles, espaçados no tempo, desde finais dos anos setenta até hoje, e este foi talvez o de mais difícil “leitura”, e digo assim, porque só o compreendi depois de ter lido a entrevista que o próprio autor/compositor deu ao Jornal “A Capital”, distribuído gratuitamente no hall de entrada do CCB, antes de se dar inicio ao espectáculo. Os textos por serem enormes, com elevado grau de dificuldade ao nível da interpretação, como ele reconheceu, foram dificilmente percebidos pelo público, tal o ritmo necessário do Cantador para que coubessem dentro dos trechos musicais,... e depois a sensação com que fiquei no final do concerto, era de que pela primeira vez tinha sentido uma certa frustração em relação à forma como terminou. Habituados (os indefectíveis seguidores) como estamos, aos, Por este Rio Acima, Para Além das Cordilheiras, Atras dos Tempos vêm Tempos, ficou neste dia 27 de Maio, algo por saborear musicalmente, mas pronto, como o próprio Fausto disse na “A Capital”, na sua trilogia de percurso, há que colocar de parte o que está feito e percorrer outros caminhos, a começar por esta Opera Mágica do Cantor Maldito . Sempre.

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