"As esquadrilhas brasileiras escoltam já o hidro que voa, glorioso, sobre a capital do Brasil. Ouvem-se as sereias dos barcos e o estralejar de milhares de foguetes. Os navios embandeiram todos em arco. O Fairey prepara-se para amarar. Sacadura agita uma grande bandeira verde e amarela. Gago Coutinho, com a pistola de sinais, dispara uma salva de vinte e um tiros em honra do Brasil. O aparelho pára por fim, em frente da ilha das Enxadas. Traz arvorada a flâmula que havia sido oferecida pelas mulheres brasileiras. Vem despedaçada pelos ventos, mas flutua ainda orgulhosa. No Rio uma menina, neta do escritor Ramalho Ortigão, oferece aos heróis, uma salva de ouro, o pão e o sal, símbolos da hospitalidade, seguidamente são nomeados cidadãos honorários e é-lhes entregue solenemente o exemplar de Os Lusíadas, tendo o escritor Coelho Neto afirmado:
-A cruz de Cristo e os Lusíadas sustentaram-vos entre o céu e o mar. Foi com esse livro que vos equilibrastes entre as nuvens e as montanhas."
“O Grande Almirante das Estrelas do Sul” Adolfo Simões Müller
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