05 fevereiro 2007

Na Corda Bamba

NA CORDA BAMBA


Era apenas um raio de Sol na atmosfera...
Sómente o choro de uma criança a nascer
Eram os pássaros a chamar a Primavera
E alguns a decidir quem vai ou não morrer.

Na boca uma questão que não faz sentido
Nem o corpo deseja os traumas provocados
Que se houver pão há um útero protegido
E na corda bamba só andam os desleixados.

O dia compunha-se de uma prenhe realidade
Algo suspeito que nos faz pensar na vida...
E se houver um sismo de grande intensidade
Quem se fina ou não, é coisa já decidida?.

Da corda bamba saltam vozes e demagogia
Somos o Martim Moniz do sacrificio ignorado
Estamos entalados na porta da democracia
Onde só os ricos têm o tratamento desejado.

Quem quer...pode e manda.Hoje descobriu
Que há uma fonte de rendimento a explorar
Vida e morte têm leis de quem nunca pariu
Nem quis dar à mulher a liberdade de optar.

Destruir a Terra porque se conquistou a Lua
É negar a vida a quem não pode lá viver...
Tudo tem o seu tempo e eu na minha rua...
Queria mais crianças a brincar e a crescer.

F. Corte Real
Barronhos,01 de Fevereiro de 2007

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