10 setembro 2006

Lisboa

IMAGEM

As ondas
e o azul...
sempre este azul
intenso.
O jardim
parece florido
talvez em tons cinza...
o branco salpica
em traços ao de leve...
mas o sol
dá brilho diferente
a este lugar.
Pessoa passou por aqui
deixou algumas pinceladas de magia
em cada palavra dita
em cada frase vivida.
Em Camões, outro som,
mais longínquo,
mais memória.
Nas velas de um navio
abandonou Lisboa,
acenou de longe
e partiu...
A presença fica
em cada onda que passa
em cada gaivota
que me leva...
ou me deixa para sempre
nesta praça.

Foto_Ivo Gomes
Poema_Manuela Lamy

4 comentários:

Anónimo disse...

Tive uma surpresa quando cheguei: encontrei um pedacinho da Lisboa que inventei há algum tempo... confesso que gostei de o (re)encontrar.
Fico grata por me terem feito a surpresa...
Manuela Lamy

MGomes disse...

A leitura deste poema levou-me a imaginar inicialmente que a evocação seria a Portugal, daí o a justificação que dei ao título deste post no acto da sua criação. Com o simpático comentário da autora Manuela Lamy, ao qual agradeço, fiquei a saber que afinal este lindo poema tinha um outro destinatário, Lisboa. A fidelidade que se deve sempre a estas situações, levou-me fazer a devida correcção e ela aí está. Agora reparo que a alteração beneficiou imenso este post, pois a ilustração a que recorri está perfeitamente sintonizada com a nossa capital. Os meus agradecimentos à autora.

a.castro disse...

Foto e poema bonitos. Não tenho necessidade de "surripiar" a foto porque já há muito que a tenho nas Minhas Imagens, por ter precisado dela para um post. Já passei 3 vezes por essa bonita ponte, embora nos últimos 3 anos saia da A1 em Santarém e atravesse a Ponte Salgueiro Maia (recordo sempre o 25 de Abril...)
Abraço

José Marques disse...

De facto este poema lindíssimo e no qual todos nos revemos e mim por maioria de razão me faz recordar quando ali passei de barco debaixo da mesma ponte e a caminho de uma guerra estúpida e injusta que por coincidência acabei de postar nos meus “retalhos”.
Parabéns à autora e a quem também lhe deu vida neste blogue, onde me habituei a ler e a considerar.