Sobre o brilhante texto do A Castro intitulado “Roteiro para a Ciência”, ocorreu-me dissertar um pouco sobre o tema, pegando exactamente nesta frase em forma de comentário, da autoria do Ludovicus rex .
“ Lutarei até que as forças me deixem, por um país melhor.”
Eu também acho que sim, que devemos exigir sempre, um país melhor onde realmente nos sintamos bem e orgulhosos desta nossa casa colectiva, que é Portugal. Mas este sentimento nem sempre é acolhido razoavelmente por quem anda minimamente atento ao que se passa à nossa volta e esta análise levar-nos-ia a um tema tão ramificado nas suas vertentes que muito dificilmente chegaríamos a uma conclusão porventura aceite por uma maioria abrangente, como diria alguém da nossa praça política.
Mas sintetizando um pouco, é claro que estou de acordo com o texto de análise do A.Castro, é lamentável vermos sair portugueses formados superiormente nas nossas escolas, para outros países, onde aí são acarinhados profissionalmente no desenvolvimento e desempenho das suas profissões. È uma situação injusta para todos, mas enquanto as nossas empresas apostarem no desinvestimento e na mão de obra não especializada, o futuro dos nossos jovens é sempre cada vez mais sombria dentro desta estratégia empresarial. Há quarenta mil licenciados no desemprego? Que importância isto tem para as empresas? Elas em nada contribuíram para os custos globais da formação destes jovens!!! Foram as famílias (sabe-se lá com que dificuldades) e o Estado pela via dos nossos impostos que suportaram os custos dessa formação e as empresas estão-se pouco ralando que haja jovens engenheiros ou arquitectos desempregados !!!. É da nossa sensibilidade quotidiana o reconhecimento de que cada vez mais existem empresas nacionais a recorrerem à compra de produtos manufacturados nos países da asiáticos. É frequente vermos produtos nacionais fabricados na China ou na Índia. Com esta política de importação, quantos desempregados proporcionarão? Que repercussões sociais para as famílias, esta política não tem? Até onde aguentará uma família, níveis de comportamentos socialmente aceitáveis, com um ou dois filhos formados superiormente e sem futuro à vista?
Esta economia global que permite às empresas trocar contentores de produtos manufacturados oriundos de países asiáticos por jovens recém formados nas nossas escolas, não pode continuar por muito mais tempo. Ela é fonte criadora de desníveis sociais e o equilíbrio familiar tende a torna-se sempre muito mais frágil. È de pasmar como é que a classe (esta) política não quer ver esta situação em movimento cada vez mais crescente.
Com o devido respeito à análise do A. Castro, até porque concordo inteiramente com ela, o que me preocupa mais são realmente os cérebros que por aí ficam e não tanto os que conseguem encontrar caminho profissional noutros países. Porque, é por aqui que passa uma alteração profunda da forma de gerir as nossas empresas, de modo a que sejamos finalmente todos mais felizes, como muito bem aposta o Ludovicus rex.
“ Lutarei até que as forças me deixem, por um país melhor.”
Eu também acho que sim, que devemos exigir sempre, um país melhor onde realmente nos sintamos bem e orgulhosos desta nossa casa colectiva, que é Portugal. Mas este sentimento nem sempre é acolhido razoavelmente por quem anda minimamente atento ao que se passa à nossa volta e esta análise levar-nos-ia a um tema tão ramificado nas suas vertentes que muito dificilmente chegaríamos a uma conclusão porventura aceite por uma maioria abrangente, como diria alguém da nossa praça política.
Mas sintetizando um pouco, é claro que estou de acordo com o texto de análise do A.Castro, é lamentável vermos sair portugueses formados superiormente nas nossas escolas, para outros países, onde aí são acarinhados profissionalmente no desenvolvimento e desempenho das suas profissões. È uma situação injusta para todos, mas enquanto as nossas empresas apostarem no desinvestimento e na mão de obra não especializada, o futuro dos nossos jovens é sempre cada vez mais sombria dentro desta estratégia empresarial. Há quarenta mil licenciados no desemprego? Que importância isto tem para as empresas? Elas em nada contribuíram para os custos globais da formação destes jovens!!! Foram as famílias (sabe-se lá com que dificuldades) e o Estado pela via dos nossos impostos que suportaram os custos dessa formação e as empresas estão-se pouco ralando que haja jovens engenheiros ou arquitectos desempregados !!!. É da nossa sensibilidade quotidiana o reconhecimento de que cada vez mais existem empresas nacionais a recorrerem à compra de produtos manufacturados nos países da asiáticos. É frequente vermos produtos nacionais fabricados na China ou na Índia. Com esta política de importação, quantos desempregados proporcionarão? Que repercussões sociais para as famílias, esta política não tem? Até onde aguentará uma família, níveis de comportamentos socialmente aceitáveis, com um ou dois filhos formados superiormente e sem futuro à vista?
Esta economia global que permite às empresas trocar contentores de produtos manufacturados oriundos de países asiáticos por jovens recém formados nas nossas escolas, não pode continuar por muito mais tempo. Ela é fonte criadora de desníveis sociais e o equilíbrio familiar tende a torna-se sempre muito mais frágil. È de pasmar como é que a classe (esta) política não quer ver esta situação em movimento cada vez mais crescente.
Com o devido respeito à análise do A. Castro, até porque concordo inteiramente com ela, o que me preocupa mais são realmente os cérebros que por aí ficam e não tanto os que conseguem encontrar caminho profissional noutros países. Porque, é por aqui que passa uma alteração profunda da forma de gerir as nossas empresas, de modo a que sejamos finalmente todos mais felizes, como muito bem aposta o Ludovicus rex.
4 comentários:
Antes de mais, caro MGomes, um agradecimento especial à referência que fazes ao meu post Roteiro para a ciência, em mais um texto de tua autoria, excelente, como é "costume"!, referenciando ainda, bem a propósito, o nosso amigo Ludovicus rex.
A parte final do teu texto interage com o que esteve subjacente à publicação daquele meu post. De facto, o "...caminho profissional noutros países..." não é, ou não devia ser, a "escapatória" genelarizada para quem é jovem, qualificado e português. Com efeito, quando escrevi esse post, tinha em mente a situação de meu filho único. Licenciado em Economia pela FEP aos 24 anos, tem agora 31 e nunca conseguiu um emprego estável. Mais: o primeiro emprego que arranjou foi na BP de Matosinhos, por 6 meses, com a categoria de "empregado de escritório"!. Seguiu-se o desemprego, entretanto alternando com mais dois ou três contratos a prazo, numa empresa de capital detido pela BP. A categoria profissional não varia, o salário idem (cerca de 700 euros mensais, dos quais havia a retirar 100 euros para combustível entre a minha casa, onde vive, casado, e o local de emprego em Gondomar). Em Agosto o prazo esgotou e eis que se encontra de novo no desemprego. Vem a propósito esta anedota.
Uma vez mais obrigado e um grande abraço!
Meu caro amigo, é pertinete o teu artigo.
Gostaria que muitos dos políticos da nossa praça reflectissem sobre o que realmente se passa no país real e não no encosto do seus gabinetes.
A realidade é dura, mas no que me toca, lutarei sempre sem me deixar abater por correntes contrárias
Tenho uma licenciatura e uma pós-graduação e trabalho de uma forma bastante precária e sem luxz no fundo do túnel...Mas desistir não, nunca... Lutarei até que as forças me deixem, por um país melhor!
Um abraço forte
Meu caro Amigo eu que agradeço a tua dissertação... Pois é um problema que abrange uma larga franja da nossa sociedade.
E devemos meter o dedo na ferida a ver se algo vai mudando...
Um Abraço e Bom Fim de Semana
Caro Amigo Atento, obrigado pela atenção pois são as primeiras andanças na blogosfera, graças ao meu amigo Ludovicus Rex que me meteu nestas coisas. Em relação ao teu artigo, tens toda a razão em que as empresas não apostarem nos nossos investigadores que saem das nossas universidades todos os anos, e que estes vão para outros países tirarem mestrados e doutoramentos nas universidades exteriores do nosso Portugal.
Na minha opinião, o Estado devia apoiar os nossos licenciados e dar-lhes oportunidade de arranjar emprego.
Um abraço e um bom fim de semana.
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