Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são leais e verdadeiros
e trazem a ousadia dos grandes rasgos, quando, no desnorte que
me guia, põem a tenaz luminosidade, que suaviza e alimenta
Nunca zelei, por mais necessário que fosse, por um qualquer
desacerto. E da areia para o sol insisto a Luz, ao contrário do
habitual. Insisto e tu ficas, ó memória inconsolada; farol a refulgir
no negrume ácido da terra — irredutível solidão de todos os
Viandantes
Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são belos e insubmissos, ante a
desordem que hoje reina
Poema - Victor Oliveira Mateus
Foto - Sérgio AVC
1 comentário:
Olá Manuel,
Boa escolha poética.
Obrigado pelo momento bonito... muito bonito.
Beijo
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