24 maio 2007

Os Meus Sonhos


Pelo deserto das minhas mãos

Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são leais e verdadeiros
e trazem a ousadia dos grandes rasgos, quando, no desnorte que
me guia, põem a tenaz luminosidade, que suaviza e alimenta

Nunca zelei, por mais necessário que fosse, por um qualquer
desacerto. E da areia para o sol insisto a Luz, ao contrário do
habitual. Insisto e tu ficas, ó memória inconsolada; farol a refulgir
no negrume ácido da terra — irredutível solidão de todos os
Viandantes

Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são belos e insubmissos, ante a
desordem que hoje reina

Poema - Victor Oliveira Mateus
Foto - Sérgio AVC

1 comentário:

Maria Faia disse...

Olá Manuel,

Boa escolha poética.
Obrigado pelo momento bonito... muito bonito.

Beijo