A beleza das coisas te devasta
como o sol que fascina mas te cega.
Delas contudo a luminosa entrega
nunca se dá, melhor, nunca te basta.
E a imensa paz que para além te arrasta
quanto mais se te esquiva ou te renega...
Paz tão do alto e paz dessa macega
que nos campos esplende à luz mais casta.
A beleza te fere e todavia
afaga, uma emoção(sempre a primeira
e nunca repetida) que conduz
o teu deslumbramento para um dia
à noite misturado, na clareira
em que te sentes noite em plena luz.
Poema “Beleza” de Menotti del Picchia - Foto de Raphaelopensativo
como o sol que fascina mas te cega.
Delas contudo a luminosa entrega
nunca se dá, melhor, nunca te basta.
E a imensa paz que para além te arrasta
quanto mais se te esquiva ou te renega...
Paz tão do alto e paz dessa macega
que nos campos esplende à luz mais casta.
A beleza te fere e todavia
afaga, uma emoção(sempre a primeira
e nunca repetida) que conduz
o teu deslumbramento para um dia
à noite misturado, na clareira
em que te sentes noite em plena luz.
Poema “Beleza” de Menotti del Picchia - Foto de Raphaelopensativo
2 comentários:
Toda a beleza é ofuscante.
Eu estava aqui no Brasil, navegando pela internet a procura de algum poema que falasse sobre velhos. Encontrei seu blog e gostei muito. Tem muita qualidade literária aqui.
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