"...O tempo foi passando, passando, a situação do mundo complicando-se cada vez mais, e a esquerda, impávida, continuava a desempenhar os papéis que, no poder ou na oposição, lhes haviam sido distribuídos. Eu, que entretanto tinha feito outra descoberta, a de que Marx nunca havia tido tanta razão como hoje, imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Já tenho a explicação: a esquerda não pensa, não age, não arrisca um passo. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, cobardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo. Por isso não se estranhe a insolente pergunta do título: “Onde está a esquerda?” Não dou alvíssaras, já paguei demasiado caras as minhas ilusões. "
José Saramago
O secretário-geral do PCP defendeu hoje, no Porto, que chegou o momento de o Estado obter o controlo, "por aquisição ou nacionalização, dos sectores estratégicos, para que possa defender-se de crises como a actual". Para Jerónimo de Sousa, a resposta à crise financeira está na "existência de um sector público forte e dinâmico em áreas estratégicas, designadamente na banca, na Galp, na EDP".
Jerónimo de Sousa
José Saramago
O secretário-geral do PCP defendeu hoje, no Porto, que chegou o momento de o Estado obter o controlo, "por aquisição ou nacionalização, dos sectores estratégicos, para que possa defender-se de crises como a actual". Para Jerónimo de Sousa, a resposta à crise financeira está na "existência de um sector público forte e dinâmico em áreas estratégicas, designadamente na banca, na Galp, na EDP".
Jerónimo de Sousa
1 comentário:
Que não é este sistema que nos levou até agora... esse não é de certeza!
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