Não há outro político com um currículo assim em Portugal.
Normalmente, os dirigentes partidários fazem o seu percurso e depois hibernam, seja nos negócios, na influência ou definitivamente na reforma. Nem que seja por períodos de tempo, desaparecem. E alguns até emigram, como Durão ou Guterres.
Mas Santana não.
Para além de um sempre-em-pé, é um profissional da política. Pode não se gostar de reconhecer, mas ele tem carisma, inspira lealdades e arrebanha votos - quando não é fora é dentro. E assim se vai impondo às fraquezas ou necessidades dos respectivos presidentes do PSD. A Menezes requisitou o posto de líder parlamentar e o estatuto de "número 2" do partido. A Manuela Ferreira Leite, para enorme e comprovado desgosto de Pacheco Pereira, arrancou agora a indigitação para a corrida à Câmara de Lisboa.
Nos intervalos da política, Santana Lopes foi presidente profissional do Sporting. Não teve êxito desportivo, mas teve um mérito: foi o primeiro dirigente de um clube a avaliar Carlos Queiroz. E também o primeiro a prescindir dele antes do final do contrato...
João Marcelino - Director Diário Notícias
1 comentário:
O João Marcelino esqueceu-se dos "violinos de Chopin"!!!!!
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