Portugal está a ficar socialmente mais desigual. Quase sem darmos conta, institucionaliza-se a ideia de que a qualidade está no privado, para os reformados e pensionistas fica o sector público. Não devia, não deve de ser assim. O passado e os que contribuíram para a edificação deste país, não podem, não devem ser deixados ao abandono como se já não contassem ou não estivessem inscritos nos cadernos eleitorais. Afinal de que vale termos uma Constituição da Républica onde está consagrado o direito à saúde no seu
Artigo 64º , se depois existem administrações governamentais que no seu exercício politico desvirtuam totalmente o
espírito da lei?
Que país este que nega a aplicação de uma
vacina de âmbito nacional por razões económicas e onde simultâneamente nascem
hospitais alicerçados na rentabilidade económica e no lucro, direccionado e tendo como clientelas preferenciais segmentos da sociedade das classes média e alta?