27 janeiro 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen



Os cinco filhos de Sophia de Mello Breyner Andresen doaram hoje o espólio da poetisa à Biblioteca Nacional, porque, como explicou um deles, não lhes pertencia.

"Enquanto cidadãos, seus compatriotas na língua e na cultura que é nossa, nós sabemos que, de facto, não éramos donos de coisa alguma. Acidentes biológicos não criam direitos de propriedade", assinalou.

 
"Se ela própria, por morte, deixou de ser dona dos cadernos e de tudo o resto ligado à produção da sua obra, que foi seu em vida, que sentido faria que os seus filhos, por simples direito de herança, guardassem para si o que deixou de ser de alguém e passou a ser de todos? Estamos bem conscientes de que a circunstância de sermos filhos dela traz consigo uma responsabilidade, não um direito", sublinhou.


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3 comentários:

Guilherme Afonso disse...

Ao que eu sei, Caro Amigo Manuel Gomes, a própria Sophia de Mello Breyner Andersen não gostava que lhe chamasem poeta. Eu aprendi que poeta é aplicado aos homens e que tem um feminino, que é poetisa e aplicado, claro, ás mulheres. Pelo que sempre achei uma cretinice (não estou a chamar cretino a si) a eliminação do feminino de poeta.Agora mesmo fui ver a um dicionário de Português, e o que lá está é:
Poeta: adjectivo e substantivo masculino - que ou aquele que faz versos;
Poetisa: substantivo feminino - mulher que faz ou escreve versos.
Desculpe a observação.
Um forte abraço.
Guilherme Afonso

MGomes disse...

Totalmente de acordo, caro Amigo Guilherme!
Acontece que ao fazer "copy/paste" da fonte que publicou a notícia, não reparei no lapso! De qualquer modo, em defesa do bom português, atrevo-me a alterar o adjectivo (ou adjetivo) em questão, do texto original.

Um Abraço!

fernanda disse...

o que eu li é que sophia não gostava mesmo era do "poetisa", defendia o uso de "poeta" como comum de gêneros, o que continuo a achar uma cretinice...