
Um Feliz Ano de 2008 para todos os que pacientemente continuam a visitar este espaço!
"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." Samuel Butler



“Com Zeca e os seus amigos aprendemos, ainda, que é muito menos fácil formular perguntas que encontrar respostas. Que as veleidades da “vida artística”, na qual ele nunca  se encaixou, são como os foguetes de romaria, que desparecem no ar depois de um instante de brilho, e que, portanto, o importante é estar vivo, ter como única certeza a inquietação permanente.”
  Adriano Correia Oliveira   (Porto, 9 de Abril de 1942 — Avintes, 16 de Outubro de 1982)

 Todos dias surgem novos espaços na internet em que os seus autores os transformam em tribunas priveligiadas de opinião pública sobre as questões fundamentais que afectam as sociedades contemporâneas. No entanto há quem considere que os blogues também podem oferecer a quem os visitam, uma outra relação com a vida, ou seja, podermos de uma  forma afectiva com o mundo deslumbrarmo-nos com locais maravilhosos e marcados de algum simbolismo histórico. E foi assim que reunindo uma vastíssima colecção de postais que foi guardando ao longo da sua vida na descoberta desse Mundo, que a autora nos presenteia com este bonito e interessante espaço.!!! Visitemos pois este Meu Mundo em Postais  de Teresa Cruz e deliciemo-nos com a sua última passagem por Paris, Cidade das Luzes,  ao som de Edith Piaf, Jaqques Brel e de Gilbert Becaud. 
Menina dos Olhos de Àgua
Menina em teu peito sinto o Tejo
E vontades marinheiras de aproar
Menina em teus lábios sinto fontes
de água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
e em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
rijo e tenro que nem sei explicar
Se houver alguém que não goste
não gaste, deixe ficar
que eu só por mim quero te tanto
que não vai haver menina para sobrar
Aprendi nos 'esteiros' com Soeiro
e aprendi na 'fanga' com Redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
e sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
e dás rumo à fragata que escolhi
Se houver alguém que não goste
não gaste, deixe ficar
que eu só por mim quero te tanto
que não vai haver menina para sobrar
Letra e Música Pedro Barroso
In “Cantos da Borda Dágua” 1986



.... Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba qua não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enroscas-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Jorge Palma_Letra e Música
Divulgar e dar a conhecer Postais ilustrados que foi coleccionando durante as suas viagens ou simplesmente de locais referências para a sua vida, é o que se propõe fazer a autora deste recém criado espaço intitulado Os Meus Postais . Daqui lhe endereçamos as maiores felicitações neste seu projecto como assim  nesta bonita viagem que simpáticamente nos proporciona.

Ana Moura acaba de lançar o seu mais recente trabalho em CD intitulado "Para Além da Saudade". Produzido por Jorge Fernando, o sucessor de "Aconteceu" conta com a participação de Amélia Muge, Fausto, Patxi Andion e o saxofonista dos Rolling Stones, Tim Ries.
"Búzios" é o tema promorcional deste CD com letra e música de Jorge Fernando.
  
Nesta foto podemos apreciar a sempre tradicional Largada de Touros pelas ruas desta típica aldeia ribatejana.
Houve também lugar ao Tributo dos Avieiros da Azinhaga no dia 26 de Maio de 2007, com a presença do Presidente da Câmara da Golegã, José Veiga Maltez.
A Igreja da Graça, Igreja de Santa Maria da Graça ou Igreja de Santo Agostinho, em Santarém, é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade de Santarém. Está situada no largo de Pedro Álvares Cabral (também conhecido como largo da Graça), na freguesia de Marvila.
 A Torre das Cabaças, também conhecida simplesmente como Torre do Relógio, localiza-se na freguesia de Marvila . Esta fotografia foi registada de uma esplanada da Casa do Brasil, Casa Pedro Alvares Cabral e ao seu lado pode-se também identificar o Museu de Arqueologia de Santarém.

 AMAR, NÃO  É  ASSIM TÃO DIFÍCIL..., ALGUNS HOMENS  É QUE GOSTAM DE COMPLICAR!!!!
 Em Almada festejou-se mais uma vez o 25 de Abril, ouvindo e cantando Fausto. Foi uma praça cheia, para ouvirmos aquele que "pelo alcance das suas canções que cuidadosamente desenha, se recusa a viver sob a ditadura do obrigatóriamente efémero ou do políticamente correcto", segundo palavras de João Gobern.
... por isso Abril é sempre, por variadíssimas razões, um bom mês para reencontrar Fausto Bordalo Dias,  o autor, mas também Fausto,  o cantor.  Ainda palavras de João Gobern
 Cavaco Silva disse hoje na Assembleia da República que chegou a hora de mudar o figurino das comemorações do 25 de Abril. Não sei, não sabemos, que proposta de alteração o Presidente da República tem em mente para apresentar à Assembleia da República ou ao Poder Local, que são estas as instituições que comemoram de formas diferentes esta data de tão carga simbólica para  Portugal. Por mim, continuo com toda a certeza a festejar este dia   profundamente marcante na mudança histórica deste país, com aqueles que exemplarmente souberam e  sabem cantar Abril.
 É um espaço de eleição para quem deseje reencontrar a serenidade necessária a uma vida emocionalmente equilibrada. Não há em muitas cidades, um espaço com esta dimensão e no qual todos os visitantes se sentem naturalmente integrados num meio onde a natureza ainda prevalece aos desvarios do homem. Almada por isso, está de parabéns.

É hábito as televisões portuguesas, na quadra natalícia, melhorarem a grelha sobretudo com a exibição de filmes e a transmissão concertos de música. A RTP-1 também cumpriu a tradição, mas no caso da música portuguesa fê-lo da pior maneira. Começo pelos horários: Marco Paulo, Tony Carreira e Anjos passaram em horário nobre enquanto que José Mário Branco, João Braga e Camané foram atirados para a madrugada. Por exemplo, o concerto de José Mário Branco que teve como convidados nomes tão importantes como Fausto Bordalo Dias, Júlio Pereira, Filipa Pais e José Peixoto passou – pasme-se! – depois das 2:30 da madrugada. Desconheço qual o critério usado pela direcção de programas da RTP-1 para a desigualdade de tratamento dada aos vários artistas da nossa praça, mas partindo do pressuposto que pesou uma suposta maior popularidade de uns em relação a outros, então a televisão pública prestou um péssimo serviço público. A televisão pública não pode nem deve andar atrás de audiências mas tão-somente procurar apresentar o melhor serviço que está ao seu alcance. Nem vou ao ponto de dizer que nomes como Marco Paulo, Tony Carreira e Anjos (incluindo todos os ‘Pimbas’ que costumam marcar presença nos programas da manhã e da tarde) não devem ter lugar na televisão pública mas já não posso aceitar, de forma alguma, a marginalização de que cantores / intérpretes de créditos firmados e de qualidade incontestada vêm sendo alvo. E digo isto não tanto pela consideração de que tais artistas são credores, mas apenas pelo respeito que a direcção de programas da RTP-1 devia ter pelos telespectadores seus apreciadores. Assim fica-se com a ideia que de que para a televisão estatal só interessam os apreciadores de Marco Paulo, Tony Carreira, Anjos e afins enquanto que os demais telespectadores não contam para nada. Ou servirão apenas para pagar a taxa do audiovisual?E como se isto não bastasse, constata-se ainda que muitos artistas de qualidade reconhecida (entre os quais algumas figuras de referência da música portuguesa) nem sequer têm acesso à televisão do Estado, mesmo em horários esconsos, o que me parece muito grave. Por que motivo os telespectadores da televisão pública não podem ver / ouvir uma Mísia, uma Aldina Duarte, uma Ana Laíns, uma Amélia Muge, um Pedro Barroso, um Vitorino, um Janita Salomé, um Eduardo Ramos, um Rão Kyao, um Júlio Pereira, um Pedro Caldeira Cabral, um José Peixoto, um Pedro Jóia, uns Frei Fado d’El-Rei, isto para já não falar em tantos e bons agrupamentos de música folk / tradicional – Aqua d’Iris, At-Tambur, Belaurora, Brigada Victor Jara, Canto da Terra, Charanga, Chuchurumel, Contrabando, Danças Ocultas, Dar de Vaia, Dazkarieh, Gaiteiros de Lisboa, Galandum Galundaina, Lúmen, Maio Moço, Mandrágora, Mare Nostrum, Melodias do Vento, Moçoilas, Modas ao Luar, Mu, José Barros e Navegante, Nem Truz Nem Muz, Ódagaita, Pedra d’Hera, Popularis, Quadrilha, Real Companhia, Realejo, Roda Pé, Roldana Folk, Ronda dos Quatro Caminhos, Rosa Negra, Segue-me à Capela, Som Ibérico, Terrakota, Trovas à Toa, Vá de Viró, Vai de Roda.Não competiria à televisão que todos financiamos dar a conhecer ao grande público o que de melhor se faz em Portugal em matéria de música popular? Será razoável que o dinheiro dos contribuintes seja desbaratado com os produtos de mais baixo nível, e se sonegue o que tem mais qualidade e autenticidade? Uma das atribuições do serviço público de televisão não é a promoção da língua e cultura portuguesas? Ou será que o Sr. Nuno Santos entende que a música pimba e a música de cassete pirata são o que melhor representa a cultura portuguesa?